Qualidade De Vida No Trabalho

04/02/2010 13:06

Durante uma conferência internacional nos Estados Unidos, surgiu a sigla QVT – Qualidade de vida no trabalho – quando foram discutidas as medidas para promover o melhor relacionamento no trabalho e o conseqüente aumento do padrão de produção.

Durante uma conferência internacional nos Estados Unidos, surgiu a sigla QVT – Qualidade de vida no trabalho – quando foram discutidas as medidas para promover o melhor relacionamento no trabalho e o conseqüente aumento do padrão de produção.
A partir de conceitos de ordem psicológica e administrativa, chega-se à conclusão de que a QVT se estende ao convívio civilizado e ao bem-estar da corporação. Isso inclui a prática da etiqueta básica em todos os níveis, respeito mútuo, higiene ambiental e a arquitetura de interiores confortáveis e com as cores favoráveis ao bem-estar coletivo.

Pontualidade

O tempo que se deixa uma pessoa esperar por nós tem seu significado e faz parte da linguagem não-verbal. O atraso dá idéia de desorganização e que não é dada a devida importância àquele que fica a sua espera. Os empresários e executivos modernos, mesmo ocupando altos cargos de liderança, buscam ser pontuais para dar o exemplo, pois a pontualidade faz parte da boa imagem profissional, dentro e fora da empresa. A questão da pontualidade vale tanto para o início como para o término de um evento. Conheço empresas que começam a reunião pela parte da tarde e terminam pela noite, o que me vem a pensar que, ou não há foco nos pontos planejados ou mesmo que não houve planejamento algum para tal reunião, fazendo com que seus participantes de sintam cansados e desmotivados a participar da mesma e descaso pelas atividades pessoais e familiares do participantes. No aspecto subjetivo, o atraso de um executivo ao sair para o trabalho sempre causa estresse. É um dia que ele está começando mal. Quando se percebe a impossibilidade de cumprir horário, deve-se avisar por telefone, pois na era do celular não há desculpa.

O líder bem-educado

Das maneiras do líder para com seus subordinados, dependerão o nível de relacionamento e até a produtividade deles. A liderança, na prática, implica sutileza e psicologia na forma de o subordinado ser entrosado nas soluções do dia-a-dia.
A inflexão da voz é importante na comunicação bem-feita. Falar alto do escritório, de porta aberta, até onde estão seus subordinados, é deselegante. O correto é chegar até a porta ou usar o interfone, precedendo o pedido com “Faz o favor” ou usando o verbo incondicional “Poderia telefonar...” Agradecer a solicitação cumprida, principalmente diante de terceiros, é outro sinal de cortesia.
A crítica deve ser construtiva. Reclamar a toda hora é contraproducente, mas, por outro lado, não avisar que o serviço vai mal impede que seu subordinado cresça. A reclamação de trabalho deve ser feita seguindo a hierarquia da empresa.

Tratamento

As pessoas são sensíveis à sua identidade e valorização no grupo em que atuam. Se não são chamadas pelo nome quando este é conhecido, merecem da mesma forma um tratamento respeitoso. Dirigir-se a um colega de trabalho ou a um subordinado dizendo “meu bem, alcança aquele jornal” ou “neguinho, você ligou para fulano de tal?” não é dar a devida consideração e respeito a seu companheiro e a si próprio.
Da mesma forma, não parabenizar pelo aniversário de seu subordinado ou superior, não se importar quando seu subordinado está doente e a morte de um ente querido, faz com que este se sinta desvalorizado como ser humano na companhia onde atua.

Respeito mútuo

As duas pontas – chefia e liderados – são unidas por uma linha de respeito. Como alguém pode ter produtividade se às tensões naturais de uma rotina profissional soma-se a sensação de não estar sendo valorizado como ser humano?
Apesar de algumas empresas enfatizarem que são uma grande família, sabemos que a vida profissional não se fundamenta em relações afetivas, mas num saudável convívio competitivo. As afinidades e amizades são uma decorrência na relação que não deve ser tão íntima que facilite as brigas comuns em família e amigos. Os pontos de atrito no trabalho são resolvidos num nível mais objetivo. A discussão violenta entre dois colegas pode representar a perda de emprego para as duas partes.

Boa convivência

O espírito de colaboração é condição para um bom resultado em um grupo de trabalho, e o companheiro prestativo credita pontos a seu favor. É preciso ter responsabilidade, inclusive de confessar seus erros sem culpar outras pessoas. Dizer “É verdade, fiz mal este contato” é uma boa estratégia que altera o tom da reclamação, despertando maior tolerância.
O ideal é que as fofocas a respeito de superiores e colegas sejam evitadas no dia-a-dia, mas, é inegável que os comentários fazem parte do convívio. Antes de fazê-los, porém, é bom lembrar que existem distorções, a conversa vai longe demais e profissionalmente isso pode custar caro.