A má Administração das operadoras de saúde

17/10/2015 12:52

Que a saúde pública não anda bem todos já sabem há tempos. Mas e a privada está muito longe disso? Infelizmente não é o que vemos hoje e é preciso se pensar no porquê.

Já está se tornando comum os beneficiários dos planos de saúde reclamarem de sua operadora e, na grande maioria das vezes, acabam colocando a culpa no atendimento prestado. Realmente isso pode ser um problema porque o beneficiário espera, no mínimo, ser bem tratado e ter o serviço que ele contratou, mas isso acaba não ocorrendo.

Porém, quando paramos para analisar, grande parte dos problemas pode estar relacionado a má administração da operadora, o que acaba levando à insatisfação dos clientes e, muitas vezes, a perdas financeiras e até mesmo a falência. Mas o que fazer então? Depender da saúde pública, que está um caos quando precisa de uma UTI, por exemplo?

Com a grande preocupação de conquistar novos clientes, algumas operadoras acabam se esquecendo que para que isso seja feito é preciso estar preparada e com uma estrutura sólida para conseguir atender a todo essa demanda. Quando isso não acontece é que tudo se inicia, e para que os problemas fiquem evidentes não demora muito.

Como começam os problemas dos planos de saúde

Os novos clientes significam uma receita maior e isso é ótimo, pois se terão mais recursos para investir, mas ao mesmo tempo a demanda também irá crescer. Por isso, será preciso contar com médicos e laboratórios que consigam atender a toda a demanda dentro dos prazos estipulados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), mas se a rede credenciada é pequena, isso não é possível.

Quando não existem profissionais para atender e a demanda por consultas é grande pode começar um colapso de atendimento. Isso porque não será possível cumprir com os prazos e isso, além de resultar em reclamações e insatisfação dos clientes, pode também gerar multas e aquela receita extra acaba indo para cobrir esses gastos.

Para evitar esse problema é preciso contar com mais médicos na rede e para isso é preciso pagar a eles pela consulta. Então é preciso acertar as contas para que se consiga um equilíbrio adequado que beneficie ambos os lados e não acabe em falência do plano de saúde, como foi o caso recente da Unimed Paulistana.

Como deve ser a boa administração de um plano

Um ponto bastante importante é em relação aos administradores porque é preciso que eles tenham experiência não apenas em administração, como também na área de saúde, uma vez que a legislação é bastante específica e a tomada errada de decisões pode levar a grandes perdas.

É preciso ter uma equipe que não apenas demande, mas também acompanhe os resultados para saber se o planejamento está conforme o adequado e, quando preciso, possa refazê-lo.

Enquanto algumas operadoras não param de crescer e receber elogios, outras estão em declínio e isso normalmente se deve a sua administração. Isso porque é preciso pensar em prestar um serviço de qualidade adequado ao que o beneficiário está pagando e lidando com os altos custos que isso demanda.

O grande problema dessa administração é que, muitas vezes, se foca apenas na parte de atendimento e se esquece das finanças ou vice e versa. Por isso, as operadoras precisam estar atentas a todos os pontos e o mais importante: saber a hora de pedir ajuda e refazer suas estratégias. 

 

Por: Jeniffer Elaina trabalha como Editora freelancer, tendo mais de cinco anos de experiência em escrita e revisão de artigos para web. É formada em Marketing com pós-graduação em Administração de Empresas na FGV. Sua maior paixão é poder compartilhar conhecimentos e aprender um pouco mais a cada dia.